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Altura 19cm

Largura 16cm

Profundidade 10cm

 

 

Mano que passeava entre várias linguagens artísticas, iniciou sua busca por traços que fizessem referências ao trabalho do seu pai, mas que também tivessem uma faceta própria. Entre estudos e experimentos, um dia, acidentalmente, Mano achatou a cabeça de uma sereia. Um cliente viu e gostou. Ele percebeu naquele acidente uma identidade a ser desenvolvida.

Oscilando entre pausas e tempos mais intensos de dedicação ao barro, foi em 2014, no início de um namoro que resultou em casamento, que Mano de Baé decidiu ter a cerâmica como ofício. Sua atual esposa, Angélica Leão, ficou curiosa e pediu que Mano mostrasse um pouco dos processos e do seu trabalho com o barro, fez algumas peças e rapidamente conseguiu vender percebendo o interesse das pessoas pelo seu trabalho. Desde então decidiu se dedicar ao ofício de artesão.

Mano abriu espaço para a ludicidade do seu imaginário, transformando algumas obras tradicionais do seu pai, como o “casal passeando”, e trazendo para o centro do trabalho discussões de gênero e orientação sexual, com casais que fogem da heteronormatividade. Também toca questões raciais com a série “Orixás” e com as “Sereias” que fazem referência a Iemanjá e Oxum, por exemplo.

Mais tarde, Mano de Baé se surpreenderia ao descobrir que seu pai também já tinha feito representações de sereias e orixás. Descobriu através de pesquisadores e colecionadores que entraram em contato com ele, anos após o falecimento de Baé, enviando algumas fotos das peças nunca antes vistas pelo filho.

Nascido em Tracunhaém, a 48 km de Recife, Zona da Mata Norte pernambucana, Mano de Baé, carrega e expressa em seus trabalhos as heranças afro-ameríndias da região. Tracunhaém, que quer dizer ”panela de formigas” em tupi-guarani, tem solo argiloso e há séculos mantém a tradição do trabalho com o barro.