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Atenção: As medidas são aproximadas devido a peça ser um produto artesanal, pode variar tanto nas medidas, quanto nas tonalidades.

 Artista: Juão De Fibra
João Gomes da Silva (1970) é artista plástico autodidata , nascido em Varjota-CE. Sua Mãe , D. Mariana Gomes , era artesã e seu pai pescador . Chegou com sua família à Brasília em meados dos anos 70. Foi em suas longas caminhadas pelo cerrado , ainda em tenra idade , que sua sensibilidade artística e paixão pelas fibras vegetais afloraram.

O trançado no capim colonião é uma criação exclusiva do mestre Juão de Fibra. Entre as peças marcadas pelo design autêntico estão cestos, painéis, bolsas e bichos decorativos que contrapõem a rusticidade do capim com  formas orgânicas e elegantes. O mix de produtos desenvolvidos pelo artista também inclui objetos que mesclam outras fibras brasileiras como o capim dourado e a palmeira de buriti, além da madeira e da cabaça.

A experimentação do mestre Juão com essas matérias-primas naturais começou na adolescência, na beira dos córregos e veredas  do cerrado. "Olhava para uma folha e já via uma rosa. Olhava para um galho e via uma guirlanda. Mas aquele era um cerrado que a gente depredou muito, tinha mania de tocar fogo", lamenta. "Depois, minha consciência ambiental foi se criando."

A cestaria de capim colonião especificamente chama atenção  pela delicadeza da trama com esse capim que é uma planta bastante rígida originária da África, mas muito comum no Planalto Central brasileiro. Trata-se de um trançado de quatro fios, feito a partir de capim coletado verde, em forma de um DNA humano, como explica o próprio Juão. Como planta perene, o capim colonião forma touceiras grandes, densas de até três metros de altura. Ele tem uma particular resistência aos ciclos de seca do cerrado e pode ser plantado pelos próprios artesãos. Depois de colhida, a fibra precisa ser trabalhada em, no máximo, cinco dias após o corte, senão estraga.